23/05/2008

-impressão de baladas..


-o voltar de uma balada em que se esteve de porre é algo sublime. Lembrar tudo como flash's de luzes coloridas, resquícios sonoros acompanhados de passos movimentados, conversas e risadas de palavras mudas, rostos embassados de gente desconhecida, bebidas e cigarros sem sabor.. essas são as baladas inesquecíveis, porque sempre tentamos lembrar do tudo que lá rolou sem sucesso.

o divertido de baladas assim é sentir que foi VOCÊ que viveu, participou, fez e aconteceu dentro da mente de outra pessoa! a maioria das impressões que ficam é com aquela imagem típica dos filmes: alguém numa balada, a câmera focando de baixo para cima, a pessoa extremamente alcoolizada andando e olhando para os lados, luzes coloridas e flash's brancos sobre sua cabeça, muitos pensamentos fluindo ao mesmo tempo e nenhuma música distingüível.

era você, mas não era você! as únicas certezas; e parece que se assistiu a tudo de camarote e não vai contar a você mesmo tudo o que houve.. salve - salve a doce irônia dos ébrios.

na balada tudo soa como um eco.. as risadas, aquela gente dançando, até as músicas. Um eco em câmara lenta, deixando rastros que se apagam aos poucos, como a fumaça branca de um jato no céu.
de repente, o falso silêncio de um sono quebradiço, você se entrega ao sono dos bêbados. Entre o abrir dos olhos e o adormecer incontínuo, analisar o mar de gente da mesma laia em volta é tudo o que resta.
e no amargo despertar quando o dia já amanheceu e os gatos não mais são pardos, o sentimento de noite perdida. Nada como saborear o gosto do que poderia ter sido uma balada perfeita, mas que ao engolir a saliva o gosto é de meia velha usada.

Bem-vindo ao mundo dos amigos da ressaca, baby.

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