É só mais um dia do resto de nossas vidas

então, faz-se plena a quietude dentro da agitação

uma quietude pré-sentida, pré-imaginada, pré-decidida...

O caos não seria possível sem a quietude

Opostos andam lado-à-lado

É só mais um dia do resto de nossas vidas

Toma-se um café, olha o céu pela janela

e calcula que irá chover

O ar envenenado entra nos pulmões

O zumbido da labuta diária arromba os ouvidos

Só mais um dia, só mais um minuto

Quem sabe o último? QUEM sabe?

É só mais um dia do resto de nossas vidas

Sente-se o vento roubar dos olhos preciosos tesouros

os sonhos, os desejos, as vontades, as certezas e os princípios

Tiram-nos, levam-nos o pulsar do coração

Restando só casca e pó

Um amontoado de membros inúteis

Rouba-se o ser então, deixa-se de ser

É só mais um dia do resto de nossas vidas.

>>algumas vezes faço de conta que sei poetisar.

tirando o blog do escuro e zaz, de volta a ativa.

beijos pra quem ainda me ler.